quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Interface

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Tudo parou...
Silêncio, o único.
Também os pássaros calaram.
Ouço a voz do silêncio...
Percebo o lento encanto do Eterno...
Ele está aqui!

Veio abençoar a criação...
Sinto o meu silêncio, o nada.
Um estado de ser da criação, sob os olhos do criador...
Já não sou eu...
Sou a montanha quieta, o sem-vento...
A árvore ao tombar, reverente a tempestade.
A atitude de espera, num recolhimento unificado.
Instantes de hora marcada para firmar o universo...
Amanhã, não posso adivinhar.
Depende do espetáculo cósmico...
Impermanência!
Não posso viver hoje, o amanhã...
Cada dia com o seu agora...
Quero serenar e viver o movimento dos compassos,

na sincronicidade do sem-tempo...
Quero ouvir os pássaros também ao não se calarem.
Tocar a flauta encantada de Krishna para encantar os corações...
Rolar na corredeira do rio em minhas veias e artérias, como numa brincadeira...
Abraçar a onda do mar ao se arremessar sobre as rochas.
Curvar-me diante do trovão, do verbo,
OM
24042008

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